O Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência foi criado no ano de 1986, pela lei nº 9.977, de 14 de janeiro – com o objetivo de atender a demanda local do distrito de Lajeado, que então pertencia ao município de Tocantinia, ainda Estado de Goiás. A criação da unidade de ensino foi um marco importante não só para consolidar o povoado como também para que o mesmo se emancipasse com a criação do Estado do Tocantins, tornando-se município.
Apesar de estudos apontarem que o povoamento de Lajeado se iniciou ainda no século XVIII como um ponto de apoio aos viajantes que desbravavam o rio Tocantins levando minérios e trazendo mercadorias entre Porto Real e Belém (PA). Foi a partir da década de 1960, que o povoado começou a se consolidar com a construção dos primeiros prédios públicos – a Igreja de Nossa Senhora da Divina Providência e a histórica Usina Hidrelétrica do Lajeado, inaugurada em 1971. O responsável por tal feito foi Justiniano Monteiro que é considerado, pelos lajeadenses, o fundador da cidade (Halum, 2008, p.180).
Com isso o povoado cresceu do ponto de vista populacional, sobretudo com a vinda de imigrantes do nordeste brasileiro – especialmente, Maranhenses, Piauienses, Baianos e Cearenses (Halum, 2008, p. 180). E essas pessoas que aqui fixaram moradia começaram a se deparar com um problema sério – a falta de escola. Pois a escola mais próxima ficava no município mãe (Tocantinia) há dezenas de quilômetros – um trajeto que era feito pelo rio ou em lombo de animais em estradas tropeiras. Diante disso só as famílias mais abastardas que tinham condição de mandar os filhos estudarem em outras localidades tinham acesso a educação. Isso mudou com a criação do Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência – que abriu e continua de portões abertos para estudantes de diferentes condições socioeconômicas.
Como já falamos, isso contribuiu para consolidação do povoado e depois do município de Lajeado. Pois as famílias lajeadenses já não tinham e não tem mais necessidade de enviar seus filhos a outros municípios para poderem ter acesso à educação básica. Apesar de todas as transformações sociais e econômicas que o município de Lajeado passou – desde a sua formação como povoado, especialmente após a construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães – o Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência continua sendo a principal unidade de ensino do município que oferta formação tanto no ensino fundamental (6° ao 9° Ano), no ensino médio (1° a 3° Série) e na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
MISSÃO, VISÃO E PRINCÍPIOS
Missão: A nossa missão é ofertar um ensino de qualidade que contribua para formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres (que possam se desenvolver pessoalmente e profissionalmente) contribuindo assim para que tenhamos uma sociedade justa e fraterna.
Visão: Temos como visão a defesa da educação como um processo de humanização. Nesse sentido a escola pública deve se colocar como defensora de uma educação humanista – com respeito as diferenças – valorizando a criatividade, o trabalho coletivo e o compromisso com o social. Temos a visão, tal como Platão e Sócrates, que a educação certa é aquela que desde cedo nos prepara para vida. Nos dando condições de ter controle sobre nossos afetos. E também, como defendia Rousseau, uma educação para formar sujeitos livres e não submissos.
Princípios
Os princípios éticos que nos norteiam são:
1º - A Liberdade: Como fator inerente a condição humana em qualquer espaço da vida social, incluindo a escola. Mas é importante deixar claro a nossa compreensão de liberdade não como o direito de cada um fazer o que bem lhe aprouver, mas como uma questão de medida, de condições e de limites. A liberdade não é uma escolha, mas uma possibilidade de escolha. Sendo assim um fator que não se pode perder de vista nessa concepção é a questão das consequências.
2º - O Respeito: Deve prevalecer num ambiente marcado pela pluralidade e pela diversidade tanto de ideias, de costumes, credos, de cores, de escolha. É fato que ninguém é obrigado a concordar ou gostar de quem quer que seja – afinal de contas somos livres. Mas quando em nome da liberdade faltamos com respeito ao nosso próximo estamos lhe dando o direito de também não nos respeitar. Pois o respeito não é uma via de mão única. E se ninguém se respeita teremos como consequência um ambiente tóxico – em que a convivência se torna extremamente difícil.
3º - O Diálogo: Nos possibilita se não resolver os conflitos – que são comuns num ambiente coletivo – pelo menos buscar superá-los de forma respeitosa. No diálogo é necessário saber ouvir e ser ouvido. Pois como ressalta Paulo Freire, diálogo é uma comunicação de A com B. E não de A sobre B. Se assim fosse seria um comunicado e não comunicação. Uma relação autoritária e não dialógica. É a partir do diálogo, onde se pressupõe a tolerância, que se busca conjuntamente, alternativas para resolver os conflitos, ou pelo menos apaziguá-los.
Referência: Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência,. Lajeado -TO, 2020.
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